Itália espera que “firme apelo” de Leão XIV pela paz seja ouvido
O governo italiano disse esperar que o “firme apelo” a favor da paz e contra as guerras feito pelo papa Leão XIV, eleito o 267º pontífice da Igreja Católica no último dia 8 de maio, seja ouvido pelos líderes mundiais.
“O mundo está cheio de guerras entre cristãos, elas precisam parar, esperamos que ouçam este papa”, declarou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em entrevista ao jornal “Il Messaggero”.
Segundo o chanceler italiano, a vontade de Leão XIV é fazer “ouvir suas primeiras palavras: uma Igreja para todos, olhando para o mundo e as muitas guerras que o afligem”, inclusive “conflitos entre cristãos”. “É um mundo amedrontado, há falta de confiança, há necessidade de uma Igreja tranquilizadora”, enfatizou.
Tajani ficou impressionado com “o firme apelo pela paz”, principalmente porque “vivemos em um mundo assustado, ferido por guerras com desfecho incerto – mais recentemente pelas tensões entre a Índia e o Paquistão nos últimos dias”.
Desta forma, reforçou que “agora mais do que nunca precisamos de um papa firme, uma âncora de salvação, capaz de falar a todos”.
Segundo ele, “na busca pela paz, a Igreja pode desempenhar um papel muito importante”, tendo em vista que “sempre trabalhou pela paz, desde as guerras mundiais até os muitos conflitos onde sua mediação foi decisiva, como em Moçambique”.
“Espero que os líderes do mundo ouçam o discurso de [Robert Francis] Prevost na Basílica de São Pedro. Deus é paz”, afirmou.
Falando sobre o fato de que Prevost é o primeiro Santo Padre norte-americano da Igreja Católica, Tajani explicou que ele ser ocidental “é importante”, mas tem certeza de que Leão XIV “será um papa universal, católico como a Igreja tem sido desde a sua fundação”. “Fico feliz que ele tenha sido bispo de Chiclayo, uma cidade peruana à qual tenho grande apego”, destacou.
Para Tajani, a escolha de Leão XIV foi rápida – ele foi eleito pelo conclave no segundo dia -, o que representa uma “mensagem positiva”. E, neste momento, “precisamos de uma Igreja que nos tranquilize”.